Bahia tem quase metade da população adulta vivendo em união | FOTO: Rafael Martins |

Em algumas cidades da Bahia, o amor ainda está em alta. Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (5), revelam que Feira da Mata, no oeste baiano, é o município com o maior índice de uniões conjugais do estado — 60% da população com mais de 10 anos vive em relacionamentos formais ou informais.

Na sequência aparecem Brejo Velho (59%), na Bacia do Rio Corrente, e Rio do Antônio (58,8%), no Sertão Produtivo. Segundo o levantamento, a Bahia tem 48% da população com mais de 10 anos vivendo em união conjugal, mas 193 dos 417 municípios superam essa média.

No outro extremo, os menores índices de uniões conjugais foram registrados em Anguera (40,6%), Teodoro Sampaio (40,6%) e Tanquinho (40,4%), todas localizadas na região do Portal do Sertão.

Salvador fora da “trilha do amor”

Enquanto o interior baiano demonstra altos índices de relacionamentos estáveis, a capital Salvador aparece entre as cidades com maior número de pessoas “descasadas”. O levantamento indica que 23,8% dos soteropolitanos, o equivalente a 511,6 mil pessoas, já viveram uma união conjugal, mas não vivem mais.

A capital baiana lidera o ranking nacional dos “descasados”, à frente de Porto Alegre (23,7%) e Rio de Janeiro (22,7%). Além disso, Salvador foi a capital com o maior aumento no percentual de “descasados” entre 2010 e 2022, subindo de 18,3% para 23,8%, um avanço de 5,5 pontos percentuais.

Apesar disso, a capital tem a segunda menor proporção de pessoas casadas (44,7%) entre as capitais brasileiras, ficando à frente apenas de São Luís (44,5%).

Os “solteirões” da Bahia

O Censo também mostra que 31,5% dos moradores de Salvador nunca viveram em união conjugal, o que representa 679,4 mil pessoas. Mesmo assim, o número de solteiros caiu em relação a 2010, quando eram 877,8 mil (37,7%).

Entre os municípios do interior, os maiores índices de “solteirões” foram registrados em Ipecaetá (38,2%), Mansidão (37,9%) e Antônio Cardoso (37,3%). Já os menores foram observados em Nova Ibiá (26,1%), Mutuípe (26,0%) e Várzea do Poço (25,4%).

Cidades dos “descasados”

Além de Salvador, destacam-se entre as cidades com maior número de pessoas que já viveram uniões conjugais, mas não vivem mais: Almadina (27%), no Litoral Sul; Gongogi (26,7%), no Médio Rio de Contas; e Cachoeira (26,5%), no Recôncavo Baiano.

Os menores percentuais de “descasados” estão em Lagoa Real (11,6%), Tabocas do Brejo Velho (11,2%) e Tanque Novo (10,3%), todas no Sertão baiano.

Jornal da Chapada