A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o lemborexante, comercializado como Dayvigo pela farmacêutica japonesa Eisai, considerado por pesquisadores da Universidade de Oxford o medicamento mais eficaz e seguro contra a insônia disponível atualmente.
O fármaco foi eleito em estudo publicado na revista The Lancet como a opção com melhor perfil de eficácia, aceitabilidade e tolerabilidade entre 36 tratamentos avaliados.
Diferente de remédios tradicionais, como benzodiazepínicos e drogas Z, o lemborexante bloqueia os sinais que mantêm o cérebro em estado de alerta, reduzindo o risco de dependência.
Como funciona
A recomendação da Anvisa é de 5 mg por noite, alguns minutos antes de dormir, com pelo menos sete horas de sono até o despertar. A dose pode ser ajustada para 10 mg, e o uso é indicado apenas para adultos.
Especialistas destacam que, ao contrário dos benzodiazepínicos e do zolpidem, o fármaco não deprime o sistema nervoso central, o que diminui riscos de efeitos colaterais como déficit cognitivo, sonambulismo e complicações respiratórias, sobretudo quando associado ao álcool.
O cenário da insônia no Brasil
Dados do Instituto do Sono indicam que dois em cada três brasileiros têm dificuldades para dormir, e 15% sofrem de insônia crônica. Apesar da recomendação inicial de mudanças de hábitos e terapias comportamentais, cerca de 18 milhões de pessoas (8,5% da população) usam medicamentos para dormir, segundo o jornal O Globo.
O consumo de zolpidem, por exemplo, triplicou na última década, com quase 16 milhões de caixas vendidas em 2024. Nesse contexto, o lemborexante surge como alternativa promissora, capaz de preencher uma lacuna terapêutica e oferecer mais segurança a longo prazo.
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