Foto: Alan Santos/Presidência da República
Neste domingo (18), a Rússia realizou seu maior ataque de
drones contra a Ucrânia desde o início da guerra entre os dois países, em 2022,
destruindo casas e matando ao menos uma mulher. Segundo a Força Aérea
ucraniana, foram lançados 273 dispositivos, total que supera o recorde de 267
artefatos russos disparados em fevereiro, no terceiro aniversário do conflito.
O bombardeio acontece um dia antes de o presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, discutir uma proposta de cessar-fogo com seu
homólogo russo Vladimir Putin. No sábado (17), menos de 24 horas após
autoridades de Kiev e Moscou se reunirem em busca de trégua, outro ataque com
drone russo atingiu um veículo e matou nove pessoas em Sumi, no nordeste da
Ucrânia.
O serviço de inteligência ucraniano afirmou acreditar que a
Rússia pretende disparar um míssil balístico intercontinental ainda neste
domingo (18como uma tentativa de intimidar o Ocidente, acusação que não foi
contestada pelo Kremlin até o momento.
Nas ruínas de sua casa na região de Obukhiv, Natalia Piven,
44, conta que precisou se esconder com o filho em um porão para sobreviver à
primeira onda de drones russos. Depois, eles correram para um abrigo antiaéreo
em um jardim de infância, antes que o próximo ataque chegasse à vila. Uma
mulher de 28 anos que era vizinha de Piven foi morta. Segundo as autoridades
ucranianas, outras três pessoas ficaram feridas.
"Não consigo superar isso, simplesmente não consigo. Eu
podia ouvir claramente o drone voando em direção à minha casa", disse
Piven à agência Reuters.
Como esforço para restaurar laços com os EUA após o bate-boca
com Trump na Casa Branca, em fevereiro, o presidente ucraniano Volodimir
Zelenski se reuniu por 40 minutos com o vice-presidente J.D. Vance e o
secretário de Estado Marco Rubio neste domingo (18), em Roma, onde assistiram à
missa inaugural do pontificado do papa Leão 14. Após a missa, Zelenski também
se encontrou com o novo pontífice.