
Foto: Mário Agra e Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Apesar da vedação à contratação de parentes de até terceiro
grau por parlamentares, ao menos dois deputados federais empregam primos em
seus gabinetes na Câmara dos Deputados. A prática, embora frequentemente
questionada, não configura nepotismo de acordo com entendimento firmado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado Antonio da Cruz Filgueira Neto, conhecido como
Marreca Filho (PRD-MA), emprega a prima Iasmin Andrade Filgueira Alvarenga como
secretária parlamentar desde fevereiro de 2023. Ela recebe atualmente salário
bruto superior a R$ 7,5 mil. Em nota, o parlamentar afirmou que a nomeação “foi
realizada com base em critérios técnicos e legais, conforme previsto para
cargos comissionados”.
Situação semelhante ocorre no gabinete de Rodrigo Valadares
(União-SE), vice-líder da minoria na Câmara. Desde março de 2023, o deputado
mantém como secretário o primo Leonardo Reis Valadares, cujo salário bruto é de
R$ 2,8 mil.
Segundo súmula do STF, configura nepotismo a nomeação de
cônjuges, companheiros ou parentes até o terceiro grau em linha reta, colateral
ou por afinidade, para cargos na administração pública direta e indireta,
abrangendo os três poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.
No entanto, a legislação não impede a nomeação de parentes
além do terceiro grau, como é o caso de primos, o que torna legal, do ponto de
vista jurídico, a permanência dos funcionários mencionados nos gabinetes
parlamentares.
Todas as informações são do Metrópoles.
Por Bahia Notícias