
Gilvan da
Federal (PL-ES) Crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O deputado
Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas por desejar a morte do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sessão da Comissão de Segurança Pública
da Câmara. Em novo discurso nesta quarta-feira (9), Gilvan disse que
"exagerou na fala" e que deveria "reconhecer os seus
erros".
"Eu
aprendi com o meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Um cristão
não deve desejar a morte de ninguém, então, eu não desejo a morte de qualquer
pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar
preso e pagar por tudo que ele fez de mal para o nosso País, mas reconhecei que
exagerei na minha fala. Peço desculpas", afirmou Gilvan em declaração no
plenário da Câmara.
Um dia
antes, nesta terça-feira, 8, Gilvan afirmou que quer que Lula "morra"
ao defender um projeto, relatado por ele, que desarma a guarda presidencial. O
placar pelo desarmamento dos seguranças do petista foi de 15 votos favoráveis,
oito contra e uma abstenção. A proposta segue para a Comissão de Administração
e Serviço Público.
"Por
mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o 'quinto dos
inferno' (sic). É um direito meu", disse o deputado federal. "Nem o
diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer...
Tomara que tenha uma taquicardia. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse
presidente que está afundando nosso País. E eu quero mais é que ele morra
mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele ande com
seus seguranças desarmados", afirmou.
Também nesta
quarta-feira, o deputado federal Kiko Celeguim (PT-SP) e o líder do PT na
Câmara, Lindbergh Farias (RJ), protocolaram um pedido para que a
Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue e tome medidas contra Gilvan.
Os dois acusam o parlamentar do PL de "se exceder gravemente no exercício
de sua imunidade parlamentar, para proferir ofensas, ameaças, incitar a
violência e fazer apologia de prática de ato violento contra o Chefe de Poder
Executivo Federal".
Os dois
também pediram a instauração de investigação, adoção de medidas cautelares
necessárias à elucidação dos fatos e apresentação de denúncia contra Gilvan
pelos crimes de ameaça, incitação ao crime, tentativa de abolição do Estado
Democrático de Direito e "outros tipos legais que restem demonstrados ao
longo da investigação".
"Não é
demais recordar que se encontra sob investigação, processo e julgamento o caso
conhecido como operação Punhal Amarelo que tinha, dentre seus objetivos, o
homicídio de autoridades, especialmente do presidente da República",
ressaltou o pedido endereçado à PGR, se referindo a um suposto plano de aliados
do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para matar Lula, o vice-presidente Geraldo
Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes.
A
Advocacia-Geral da União (AGU) também agiu nesta quarta. A AGU pediu à Polícia
Federal (PF) e à PGR para investigarem se as declarações estão cobertas pela
imunidade parlamentar. No Legislativo, o PT deve entrar com uma representação
contra Gilvan no Conselho de Ética da Câmara.
Por
Correio24horas