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Reprodução/Redes Sociais
O presidente
afastado da Coreia do Sul Yoon Suk-yeol foi preso pela polícia do país nesta
terça-feira (14), após horas de tensão entre agentes da polícia, guarda-costas
presidenciais e manifestantes em frente a residência presidencial. Yoon está
sendo investigado por insurreição após declarar lei marcial no país no início
de dezembro. Ele é o primeiro presidente sul-coreano a ser preso durante o seu
mandato.
A operação para prender o presidente durou quase seis horas, começando as 4h20 da manhã, no horário local, e terminando pouco depois das 10h. Ao todo, mais de 1.000 policiais e agentes anticorrupção participaram da operação, que contou com a resistência, em frente à residência presidencial, de guarda-costas presidenciais e de manifestantes a favor do presidente.
Esta foi a segunda tentativa de prisão de Suk-yeol. No dia 3 de janeiro, mais de 150 policiais passaram horas em frente a sua residência, para prendê-lo, mas acabaram sendo superados em número, primeiro por uma multidão de apoiadores e depois por guarda-costas presidenciais. Na ocasião, representantes da polícia sul-coreana justificaram o cancelamento da operação por preocupação com a segurança dos agentes envolvidos.
Antes de se tornar presidente, Yoon era um importante promotor de Justiça, popular entre os eleitores conservadores. Durante a sua campanha, apresentou um projeto de governo antifeminista e pautado em maior rigidez nas ações contra a Coreia do Norte. Após a sua eleição, em 2022, Yoon se viu envolvido em escândalos pessoais e confrontado por uma oposição forte, o que resultou no declínio de sua popularidade.
O impeachment do presidente foi aprovado pelo parlamento sul-coreano no dia 14 de dezembro de 2024, por declarar lei marcial, justificada por uma suposta influência norte-coreana no parlamento. Com a declaração, atividades políticas como manifestações e comícios seriam proibidas, bem como greves e movimentos trabalhistas e o controle das atividades das mídias passaria ao Estado.
Por Bahia Notícias