óculos-espião tinha câmera acoplada Crédito:
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O candidato a vereador Edivaldo Borges Gomes, conhecido como
Irmão Edivaldo, de Ourilândia do Norte, no Pará, comprou votos e obrigou
que seus eleitores fossem às urnas usando um 'óculos-espião', para comprovar
que tinham cumprido sua parte na negociação. O caso foi descoberto pela
polícia. Comprar e vender voto é considerado crime eleitoral, com pena de
até 4 anos de prisão.
Tudo começou quando uma mesária percebeu que alguns eleitores
estavam usando óculos com uma microcâmera embutida.
Estranhando a situação, ela abordou uma das eleitoras, menor
de idade, que portava o objeto e chamou funcionários da Justiça Eleitoral, que
descobriram que os óculos possuíam uma câmera acoplada.
À polícia, a mesária disse que "em determinado momento
observou um eleitor portando óculos com espessura extensa. E, depois de alguns
instantes, uma adolescente estava com o mesmo objeto no bolso”.
A adolescente abordada declarou que uma pessoa desconhecida
ofereceu R$ 200 para que ela votasse no candidato a vereador Irmão Edivaldo, e
que o valor só seria pago caso ela comprovasse por meio das filmagens que votou
no candidato.
O candidato foi preso em flagrante e solto após pagar fiança.
Ele pode responder pelo crime de compra de votos e associação criminosa.