
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias
O governo do presidente Lula
recebeu uma boa notícia do IBGE na manhã desta quarta-feira (10): a inflação
oficial brasileira teve uma forte desaceleração em relação a fevereiro, e
registrou alta de 0,16%. O resultado ficou 0,67% abaixo do mês de fevereiro,
quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) marcou
0,83%.
Segundo o IBGE, a inflação
acumulada no ano está em 1,42%. Nos últimos 12 meses, os preços subiram 3,93%.
Em março de 2023, o índice havia sido de 0,71%, com uma queda pequena em
relação a fevereiro, quando a inflação oficial havia chegado a 0,84%.
Nas avaliações regionais, a
cidade de Salvador registrou inflação de 0,16% em março, com uma queda bem
acentuada em relação ao aumento de preços de 0,96% de fevereiro deste ano. No
ano, a inflação na capital baiana é de 1,26%, abaixo da média para o país, que
ficou em 1,42%.
Em relação aos últimos 12 meses,
a inflação oficial de Salvador ficou em 3,36%, bem abaixo dos 3,93% da média
nacional. Dentre as 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, apenas quatro cidades
registraram inflação no período de 12 meses menor da apresentada pela capital
da Bahia.
Dos nove grupos pesquisados pelo
IBGE para a composição do índice oficial de inflação, seis tiveram alta na
passagem de fevereiro para março. O item de Alimentação e bebidas, um dos que
mais vem causando preocupação para o presidente Lula, foi o que registrou o
maior impacto (0,11%) e a maior variação (0,53%), embora a alta tenha ficado
bem abaixo do aumento de preços que havia sido registrado em fevereiro
(0,95%).
A alimentação no domicílio
desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da
cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas
(3,75%) e do leite longa vida (2,63%).
“Problemas relacionados às
questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos
últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”,
explicou o gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida. “O caso do ovo de
galinha tem uma explicação própria: tratou-se de um período em que uma parcela
da população faz a opção de não comer carne por questões religiosas, aumentando
a demanda dessa proteína”, detalhou André Almeida.
Em relação à alimentação fora do
domicílio, também houve desaceleração, com o indicador caindo de 0,49% em
fevereiro para 0,35% em março. Já o lanche acelerou de 0,25% para 0,66%, mas a
refeição (0,09%) teve uma alta menor que em fevereiro (0,67%).
O grupo Transportes revelou uma
forte queda, dos 0,72% registrados em fevereiro para 0,33% em março. O recuo
nos preços da passagem aérea foi de 9,14%. Já a gasolina saiu de 2,93% para
0,21%. Entre os combustíveis (0,17%), além da gasolina, o etanol também teve
alta, de 0,55%. Já gás veicular (-2,21%) e óleo diesel (-0,73%) registraram
recuo nos preços.
“Influência da passagem aérea,
que já vinha de queda em fevereiro, e da gasolina, que havia apresentado o
maior impacto individual no IPCA de fevereiro e teve uma alta menor em março”,
justifico o pesquisador do IBGE.
Por Bahia
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