
Foto: Fiocruz
O Brasil já registrou, de 1° de
janeiro a 8 de abril de 2024, 1.116 mortes por dengue, segundo dados do Painel
de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. O número já ultrapassa
o total de mortes por dengue registrado em 2023, de 1.094 mortes.
Dados da pasta mostram que
outros 1807 óbitos estão em investigação. O país havia batido recorde de mortes
por dengue em 2023. O recorde anterior ocorreu em 2022, com 1.053 óbitos.
No ano 2000, o país registrou
quatro mortes por dengue, em três estados: Minas Gerais (2), Espírito Santo (1)
e Goiás (1). Até 2021, o país nunca havia alcançado o patamar de 1.000 mortos.
O número de mortes por dengue,
em 2024, corresponde a uma média de 11 pessoas mortas por dia. O país
ultrapassou em março o recorde de casos prováveis em um ano. Nesta terça (9), a
marca já chega a 2.963.994 casos.
Artigo recente publicado pelo
Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz analisa os óbitos por dengue e aponta
ainda que a desassistência e a desatenção ao potencial agravamento que os
pacientes podem apresentar são as principais razões associadas às mortes por
dengue.
Na terça-feira (2), durante
entrevista a jornalistas, o Ministério da Saúde afirmou que o Brasil vive um
momento de declínio da epidemia de dengue. Em sete estados e no Distrito
Federal, o pico já foi atingido e a curva da doença é agora decrescente. Outras
12 unidades da federação estão em estabilidade. Mas sete estados, especialmente
do Nordeste, têm tendência de aumento de casos e óbitos.
Os estados em tendência de alta
dos casos são Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio
Grande do Norte e Sergipe. As tendências históricas, no entanto, indicam que o
pico das epidemias ocorre mesmo entre março e abril.
A queda, considerada consolidada
pela pasta, ocorre no Acre, Amazonas, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás,
Minas Gerais, Piauí e Roraima.
Estão em estabilidade Amapá,
Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de
Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins.