
Foto: Divulgação / Ascom GovBA
Um total de 255.150
estudantes da rede estadual de ensino foram contemplados com o Programa
Pé-de-Meia, do Governo Federal, que concede incentivo financeiro para alunos do
Ensino Médio que estejam regularmente matriculados nas redes públicas de ensino,
com frequência regular, e se encontrem em situação de vulnerabilidade
socioeconômica e possuam cadastro no CadÚnico. A lei federal teve como uma das
inspirações para a sua concepção o Programa Bolsa Presença, implantado pelo
Governo do Estado da Bahia, em 2021, como estratégia de combate à evasão
escolar.
Estudantes dos 417 municípios baianos foram contemplados com o Pé-de-meia. Para
se ter uma ideia, foram 30.807 em Salvador; 8.752 em Feira de Santana; 5.102 em
Camaçari; 4.930 em Juazeiro; 4.670 em Vitória da Conquista; 3.067 em Barreiras;
2.522 em Itabuna; e 2.373 em Ilhéus.
Com o Pé-de-Meia, cada estudante recebe o incentivo mensal de R$ 200,
valor que pode ser retirado a qualquer momento. Além disso, um depósito
de R$ 1 mil é efetuado por cada ano letivo concluído, mas o estudante só pode
retirar da poupança a quantia após se formar no Ensino Médio, bem como é
concedido um adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem). Somando todos os incentivos, os valores chegam a R$ 9.200 por
aluno. O investimento anual do Pé-de-Meia é de R$ 7,1 bilhões, devendo alcançar
2,5 milhões de estudantes em todo o país.
No programa estadual, o Bolsa Presença, a família recebe R$ 150 por mês, mais
R$ 50 de acréscimo a partir do segundo filho matriculado na rede estadual,
independentemente da série ou modalidade em que esteja matriculado. Em 2024, o
Estado destinou R$ R$ 635,9 milhões de recursos próprios ao Bolsa Presença,
alcançando 322 mil famílias de 365 mil estudantes matriculados, agora no mês de
março.
A dona de casa Eglah Santos Farias tem cinco dos seus seis filhos matriculados
no Colégio Estadual Raphael Serravalle, no bairro da Pituba, em Salvador. Os
cinco estudantes recebem o Bolsa Presença e um deles, que faz o Ensino Médio, é
contemplado com o Pé-de-Meia. Eglah, que também trabalha com a produção e venda
de salgados, disse que os dois programas significam a complementação de renda
para a família. “O Bolsa Presença representa muito porque, com essa ajuda,
conseguimos comprar uma alimentação melhor para mim e para os meus filhos. E o
Pé-de-meia vai ajudar com a alimentação e o transporte dos meninos”,
acrescentou.
O superintendente de Gestão da Informação da Secretaria da Educação do Estado,
Rainer Guimarães, disse que os benefícios podem ser acumulados desde que os
estudantes atendam aos critérios estabelecidos nos programas. Ele falou, ainda,
sobre a importância destas políticas de assistência estudantil. “Tanto o
Pé-de-Meia quanto o Bolsa Presença são programas que demarcam o compromisso dos
governos Federal e Estadual com a permanência do estudante na escola. Sabemos
que muitos precisam trabalhar para ajudar suas famílias e estas duas políticas
públicas possibilitam o incentivo financeiro para que o estudante possa
continuar estudando e, ao mesmo tempo, ajudando suas famílias. Isso é
compromisso, é inclusão social e significa oportunidade para que milhares de baianos
beneficiados tenham novas perspectivas de aprendizagem e de futuro”, afirmou.
Por Bahia
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