Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom /
Agência Brasil
O ministro da Casa Civil, Rui
Costa (PT), se posicionou após a delação da empresária Cristiana Taddeo, da
Hempcare Pharma, sobre o esquema que movimentou aproximadamente R$ 48 milhões na compra de respiradores não entregues
na Bahia, durante a pandemia da Covid-19, na época em que o ministro
era o governador do estado.
Rui Costa comunicou, por meio de
nota, que deseja que a “investigação seja concluída e que os responsáveis sejam
punidos por seus crimes, não só do desvio do dinheiro público, mas também do
crime absolutamente cruel de impedir, através de um roubo, que vidas humanas
fossem salvas”.
O chefe da Casa Civil afirmou
que, após a não entrega dos respiradores, determinou que a Secretaria de
Segurança Pública da Bahia abrisse uma investigação contra os autores do desvio
dos recursos destinados à compra desses equipamentos. Os implicados foram
presos pela Polícia Civil por ordem da Justiça baiana semanas após a denúncia.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA
Ao longo dos meus oito anos à
frente do Governo da Bahia, observei o estrito cumprimento da lei, sempre
me pautando por valores éticos e morais. Junto com minha equipe, trabalhei
incansavelmente para minimizar a perda de vidas humanas durante a pandemia da
Covid-19, tendo como base os preceitos científicos.
Após a não entrega dos
respiradores, determinei que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia abrisse
uma investigação contra os autores do desvio dos recursos destinados à compra
desses equipamentos. Os implicados foram presos pela Polícia Civil por ordem da
Justiça baiana semanas após a denúncia.
A partir da apuração e
investigação da Polícia Federal, por quase três anos, a Justiça Federal enviou
o processo à primeira instância. Estranho que o caso volte à tona, agora, por
força de uma matéria baseada nas palavras da principal autora do crime.
Reforço que jamais tratei com
nenhum preposto ou intermediário sobre a compra de respiradores ou de qualquer
outro equipamento de saúde durante minha gestão. Nos duros anos da
pandemia, as compras realizadas por estados e municípios no Brasil e no mundo
foram feitas com pagamento antecipado. Esta era a condição vigente naquele
momento.
O processo retornou à primeira
instância com o reconhecimento do Ministério Público Federal e do Judiciário,
através do STJ, da inexistência de qualquer indício da minha participação nos
fatos apurados na investigação.
Desejo que a investigação seja
concluída e que os responsáveis sejam punidos por seus crimes, não só do desvio
do dinheiro público, mas também do crime absolutamente cruel de impedir,
através de um roubo, que vidas humanas fossem salvas.