Foto: Fabio Rodrigues
Pozzebom/Agência Brasil
O general Marco Antônio Freire
Gomes, ex-comandante do Exército, ameaçou dar voz de prisão ao então presidente
Jair Bolsonaro (PL) após ele sugerir a possibilidade de um golpe de Estado.
De acordo com a CNN e a Folha de
S.Paulo, em informação confirmada posteriormente pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o
brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica,
detalhou a declaração de Freire Gomes em depoimento à Polícia Federal (PF) em
23 de fevereiro, que durou cerca de 10 horas, sobre a trama golpista.
Baptista Júnior presenciou o
embate entre Freire Gomes e Bolsonaro durante uma reunião no Palácio do
Alvorada, em Brasília (DF), quando foi apresentada a chamada “minuta do
golpe”.
O brigadeiro afirmou que, após
Bolsonaro “aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio
de alguns institutos previstos na Constituição” — GLO, Estado de Defesa ou
Estado de Sítio —, Freire Gomes disse que, “caso ele tentasse o tal ato, teria
que prender o presidente da República”.
POSIÇÃO TERIA “IMPEDIDO”
GOLPE
Para Baptista Júnior, a posição
contundente do ex-comandante do Exército foi responsável por impedir outro
golpe de Estado no Brasil. Ele disse aos investigadores que, “caso o comandante
tivesse anuído, a possível tentativa de golpe de Estado teria se consumado”.
Ainda durante o depoimento, o
ex-comandante da Aeronáutica relatou que tentou fazer Bolsonaro desistir da
ideia de decretar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de Estado de Defesa ou
de Estado de Sítio.
Em ambos os depoimentos à PF,
obtidos pelo Metrópoles, Freire Gomes e Baptista Júnior afirmaram ser contra a
trama golpista, enquanto o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da
Marinha, teria se colocado à disposição do então presidente da República.
Por Bahia
Notícias