Foto: Valter Campanato / Agência
Brasil
Com expansão de 6,2% no primeiro
mês de 2024 em relação ao mês de dezembro do ano passado, o comércio varejista
baiano obteve o segundo resultado mais expressivo entre os estados da
federação, superior à taxa nacional (2,5%) e também o maior crescimento do
varejo da Bahia desde 2017.
Os dados constam na Pesquisa
Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com análise da Superintendência de
Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação com o mês de janeiro
do ano passado, a Bahia apresentou crescimento de 11,8%, terceira maior
entre os estados, sendo o décimo quinto mês consecutivo no azul.
No Brasil, na mesma base de
comparação, as vendas cresceram 4,1%. No acumulado dos últimos meses, as
variações também foram positivas em 5,5%, âmbito estadual, e 1,8% no federal.
Em janeiro, a alta verificada nas vendas reflete a amenização da pressão dos
preços em setores ligados ao consumo, como os ramos de hiper e supermercados,
combustíveis e lubrificantes e artigos farmacêuticos.
Já em relação a 2023, a expansão
nas vendas do varejo em janeiro revela que o setor segue influenciado por
fatores positivos como juros mais baixos, mercado de trabalho mais forte,
transferências governamentais, inflação controlada e melhora do nível de endividamento.
Por atividade, em janeiro de 2024, os dados do comércio varejista do estado
baiano, quando comparados aos de janeiro de 2023, revelam que sete dos oito
segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento
positivo.
SETORES
O crescimento nas vendas foi
verificado nos segmentos de:
- Equipamentos e materiais para escritório,
informática e comunicação (102,0%)
- Hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo (16,8%)
- Combustíveis e lubrificantes (11,3%)
- Artigos farmacêuticos, médicos,
ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,6%)
- Móveis e eletrodomésticos (2,4%)
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico
(0,4%)
- Tecidos, vestuário e calçados (0,3%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria
(-33,3%) - sendo o único a registrar retração.
No que diz respeito aos
subgrupos, verifica-se que as vendas de Hipermercados e supermercados, Móveis e
Eletrodomésticos cresceram 18,1%, 3,9% e 1,2%, respectivamente. Na série
sem ajuste sazonal (comparação com janeiro de 2023), o segmento de Hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, Combustíveis e
lubrificantes e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e
cosméticos exerceram as maiores influências positivas para o setor.
Hipermercados, supermercados,
produtos alimentícios, bebidas e fumo segmento de maior peso para o indicador
de volume de vendas do comércio varejista manteve crescimento nas vendas pelo
oitavo mês consecutivo. Esse comportamento é influenciado pela menor pressão
dos preços e aumento da massa real de rendimento.
Combustíveis e lubrificantes
volta a registrou o segundo melhor desempenho no mês analisado. O seu
comportamento foi influenciado pela queda verificada nos preços dos
combustíveis, principalmente para os preços da gasolina que registrou deflação
de -0,93% de acordo com o IPCA de janeiro.
O terceiro a influenciar as
vendas do setor foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria
e cosméticos. O seu desempenho decorre da fraca base de comparação, uma vez que
em igual mês do ano passado a taxa foi negativa em -8,0%.