Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues Crédito: Mateus Pereira/GOVBA
Pelo quinto ano consecutivo, a Bahia lidera o
ranking de violência nacional, e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a
declarar, nesta quarta-feira (13), que a segurança pública é um assunto
nacional.
“Nós sabemos que a segurança pública não é um
tema municipal nem estado, é um tema nacional. Onde cada agente da política tem
sua responsabilidade. A União tem sua responsabilidade de financiamento, de
ações, inclusive policial, de educação. O estado também tem sua
responsabilidade, até o município”, disse o petista, durante entrevista
coletiva na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Os dados são da pesquisa Monitor da Violência,
do G1, um índice nacional de homicídios feito com base em informações oficiais
dos 26 estados e do Distrito Federal (DF), que foi divulgado na terça-feira
(12). Em média, a Bahia registrou 404 assassinatos por mês em 2023, além de
contabilizar 4.722 homicídios dolosos (quando há intenção de matar), 63 casos
de latrocínio (roubo seguido de morte) e 63 casos de lesões corporais seguidas
de morte.
No total, o Monitor da Violência registrou
39.492 mortes violentas no Brasil. O segundo lugar no ranking foi Rio de
Janeiro, que teve quase 40% menos mortes do que a Bahia. O estado teve 3.388 em
2023. Em seguida, aparece Pernambuco, com 3.518, 45% a menos de assassinatos do
que o estado baiano.
Com 34,3 mortes por 100 mil habitantes, a
Bahia também teve uma taxa maior do que a média nacional, que é de 19,4. O
estado ficou em quarto lugar, atrás apenas de Amapá (45.2), Pernambuco (38.8) e
Alagoas (36.2).
Ainda na entrevista, Jerônimo ressaltou que
houve uma diminuição nos casos de crimes em 2023 na comparação com o ano
anterior. Segundo o Monitor da Violência, a queda em relação ao ano de 2022
(5.057) foi de 4,1% em 2023 (4.848).
Projeto do governo
Na tarde desta terça-feira, o governador
Jerônimo Rodrigues levou à Alba a proposta “Bahia Pela Paz”, que é uma
reformulação do projeto “Pacto pela Vida” adotado no governo de Jaques Wagner
(2008-2014).
O projeto promete a modernização das ações
policiais e de justiça. Também prevê o desenvolvimento de ações sociais e
comunitárias, transversais e efetivas com foco na juventude baiana.
Jerônimo afirmou que o “Bahia Pela Paz” irá
trazer o “sentimento de segurança de volta para a sociedade” com a união dos
poderes. “Trazemos aqui um projeto de lei que estabelece uma cultura de paz,
uma política de segurança pública”, relatou.
O programa, que ainda será votado pela
Assembleia Legislativa, será desenvolvido em comunidades da capital e do
interior do estado, segundo o governo.
“Nesse momento de entrega do projeto de lei, a
nossa expectativa é de que a Alba possa também aportar sua contribuição a
partir de todas as deputadas e deputados”, declarou o secretário de Justiça e
Direitos Humanos, Felipe Freitas.
*Com orientação do editor Rodrigo Daniel Silva
Por
Correio24horas