Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O governador de São Paulo,
Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), embarcará no dia 18 para Israel. Ele
viajará ao país a convite do governo de Binyamin Netanyahu.
Outros governadores também foram
convidados para visitar o país na mesma comitiva de Tarcísio. Entre eles estão
o de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que confirmou viagem, e o do Rio de
Janeiro, Cláudio Castro (PL).
O governador de Minas Gerais,
Romeu Zema, declinou do convite.
Netanhyahu enviou ainda uma carta pessoal a Jair
Bolsonaro para que ele viaje a Israel, conforme ele revelou em visita a Salvador
neste sábado (9).
O ex-presidente, no entanto,
teve o passaporte apreendido por determinação do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes, e depende da autorização do magistrado para
sair do Brasil.
A viagem ocorrerá no momento em
que as declarações de Lula contra Israel se intensificaram, gerando desgaste
para o presidente brasileiro entre eleitores evangélicos que se identificam com
o país.
O petista repete, sempre que tem
oportunidade, que o governo de Netanyahu está promovendo um genocídio de
mulheres e crianças na Faixa de Gaza.
De acordo com pesquisa
Genial/Quaest divulgada na semana passada, a queda da avaliação positiva de
Lula foi maior entre os evangélicos justamente por causa dessas declarações, e
a rejeição a ele neste público chegou a 62%.
O território de Gaza passou a
ser bombardeado por Israel depois do atentado do dia 7 de outubro, em que
terroristas do grupo Hamas mataram 1.500 israelenses.
Desde então, a diplomacia de
Israel se esforça para expor seus argumentos de que a guerra é necessária. E se
dedica a criticar Lula, declarando que o presidente brasileiro é "persona
non grata" no país.
Em janeiro, entidades
brasileiras que defendem Israel financiaram a viagem de magistrados brasileiros
ao país. Entre os convidados estava o ministro do Supremo Tribunal Federal
André Mendonça.
As críticas a Israel vêm
aumentando no plano internacional. Na semana passada, o presidente dos EUA, Joe
Biden, afirmou que Netanhyahu está "prejudicando mais do que
ajudando" Israel com a sua postura em Gaza.
Biden afirmou que "ele tem
o direito de defender Israel, o direito de continuar perseguindo o Hamas, mas
ele precisa prestar mais atenção às vidas inocentes que estão sendo perdidas
como consequência das ações tomadas".
Por Bahia Notícias