Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados
A reação à eleição do deputado
federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ao cargo de presidente da Comissão de Educação
da Câmara dos Deputados chegou ao Palácio do Planalto. Contrariado, o
presidente Lula (PT) ensaia dificultar a liberação de emendas parlamentares
vindas do Ministério da Educação a deputados que apoiaram a presidência de
Nikolas.
Lula também quer que o ministro
da Educação, Camilo Santana, seja mais duro com o Congresso Nacional.
Considerado discreto, o ex-governador do Ceará deve endurecer o diálogo com
deputados e travar o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). As
informações são do Metrópoles.
Nesta quinta-feira (7), o
ministro disse que a Câmara tem autonomia para escolher os presidentes de
comissões e que espera que o deputado colabore. “A Câmara tem autonomia para
escolher quem quiser. O trabalho [do MEC] não é do governo, é do Brasil, é da
educação brasileira, espero que possam colaborar”, afirmou.
Nikolas tornou-se presidente da
Comissão de Educação na noite de quarta-feira (06/03), quando o PL decidiu
indicar o nome. Como é o maior partido da Câmara, a sigla podia escolher qual
comissões assumir e quais deputados a serem presidentes. A escolha de Nikolas
foi uma provocação ao governo, nem mesmo ele estava “à vontade” com o cargo.
No entanto, deputados mais
experientes do PL como Domingos Sávio (PL-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
disseram que Nikolas estará aberto ao diálogo com a esquerda enquanto for o
presidente da comissão. Os deputados disseram garantir que Nikolas será um bom
dirigente.