O avião que caiu em
Barcelos (AM) teve dificuldade no pouso. O
acidente deixou 14 mortos, e não há sobreviventes, segundo a Defesa Civil
estadual.
As informações iniciais mostram que a
aeronave teria pousado no meio da pista, ficando sem "pista suficiente
para frear", explicou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, o
coronel Vinícius Almeida.
"Não temos detalhes que possam ser
conclusivos. Temos alguns relatos. O que tem de relatos é que a aeronave teria
pousado no meio da pista e não teve pista suficiente para frear", esclareceu.
A FAB (Força Aérea Brasileira) disse que a
dinâmica do acidente ainda será investigada: "Todo acidente é uma relação
de fatores. Todos serão analisados pela Força Aérea e, em breve, um relatório
apontando as possíveis causas desse acidente será divulgado. ", explicou o
Major-Brigadeiro do Ar David Almeida Alcoforado.
"Todos os aspectos serão abordados,
desde o funcionamento da aeronave, a qualificação dos pilotos, as condições
meteorológicas, o vento na localidade, o comprimento da pista. Todos esses são
fatores analisados para que possamos determinar as possíveis causas desse
acidente", disse.
O prefeito de Barcelos, Edson de Paula
Rodrigues Mendes, afirmou que o aeroporto tinha condições para pousos e
decolagens, e que frequentemente recebe aeronaves. Ele esclareceu que, após um
pedido de abertura para grandes aeronaves, o governo do Estado iniciou
tratativas para uma reforma "para melhorar o pavimento".
"Mas, de toda forma, o aeroporto de
Barcelos está com todas as condições previstas em lei, adequadas para receber
voos do porte do avião que sofreu o acidente", finalizou.
O secretário de Segurança ressaltou que o
aeroporto segue aberto para operação regular, apesar de ter um contrato de
revitalização, previsto para iniciar em 25 de setembro. "A reforma na
pista não é fator impeditivo para voo neste momento. Vai ter uma melhoria no
aeroporto, mas pousos e decolagens estão devidamente autorizados pela
ANAC", esclareceu.
O ACIDENTE
Entre as vítimas estavam 12 passageiros,
piloto e copiloto, segundo informou o órgão. A capacidade da aeronave é para 18
pessoas. Ainda não foram divulgados oficialmente os nomes das vítimas.
O avião saiu de Manaus e transportava um
grupo de turistas, todos brasileiros, segundo o governo de AM, a partir de relatos
iniciais. Os passageiros estariam na região para a prática de pesca esportiva.
O acidente teria ocorrido no momento em que
o avião se aproximava do pouso, no aeroporto de Barcelos. "Devido às
péssimas condições climáticas, duas aeronaves retornaram para Manaus e o piloto
do avião decidiu tentar o pouso", diz a nota da Defesa Civil.
A aeronave pertencia à Manaus Aerotáxi. A
empresa estava regular e tinha permissão para atuar em táxi aéreo, segundo
registro da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
A FAB foi acionada para realizar perícia no
local. A Força Aérea Brasileira informou que investigadores do SERIPA VII
(Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)
e do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)
realizarão o trabalho.
A Manaus Aerotáxi informou que
"aeronave e tripulação envolvida no sinistro atendiam a todas as
exigências da autoridade de aviação civil". "Estamos comprometidos em
esclarecer todos os detalhes relacionados a este acidente. Contamos com o
respeito à privacidade dos envolvidos neste momento difícil e estaremos
disponíveis para prestar todas as informações necessárias e atualizações à
medida que a investigação avançar. Nossos pensamentos e orações estão com todos
os afetados por este trágico ocorrido", afirmou a empresa, em nota.