Os professores da rede municipal de ensino de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, retornaram às salas de aula na terça-feira (26). A categoria estava em greve desde o último dia 14 por reajuste salarial e melhorias nas condições das escolas.
A suspensão das aulas afetava cerca de 36 mil alunos e 2,2 mil professores. Na última sexta-feira (22), o Tribunal de Justiça da Bahia havia julgado como ilegal a greve e determinado o retorno imediato dos professores às salas de aula. A multa em caso de descumprimento seria de R$10 mil.
De acordo com Carlos Nascimento, diretor do sindicato de professores municipais de Camaçari, a categoria resolveu retornar às salas de aula após a liminar que indica indícios de ilegalidade e abusividade da greve.
“Resolvemos retornar até para conseguir nos defender. Mas até então, a prefeitura não tinha sequer aberto a mesa de negociação, se recusava a conversar com a categoria”, afirmou.
Os professores pediam um reajuste de 33,23%, além de melhorias na estrutura das escolas e nas merendas. Representantes da categoria, no entanto, destacam que os profissionais estavam dispostos a ouvir propostas e discutir valores de reajuste com a prefeitura.
O governo municipal havia informado que iria promover o desconto dos dias não trabalhados pelos docentes, mas, na última terça-feira (26), a secretária de Educação do município, Neurilene Martins, se reuniu com o sindicato para discutir propostas para evitar o desconto. Segundo a prefeitura, ficou acordado que o atendimento da reivindicação fica condicionada ao compromisso com o cumprimento dos dias letivos exigidos pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e com a reposição dos conteúdo curriculares.