O texto da PEC que concede uma série de benefícios sociais em ano eleitoral terá o seu texto mantido para agilizar o pagamento dos auxílios. A mudança foi descartada porque o novo texto teria que voltar ao Senado para uma nova aprovação, o que adiaria a concessão do dinheiro.
A decisão desta terça-feira (5) foi do relator da PEC, o deputado Danilo Forte (União-CE). A proposta aumenta, em ano eleitoral, o valor do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600), dobra o valor do Vale-gás e cria um auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros. Em todos os casos, os benefícios acabam em dezembro deste ano.
A decisão favorece o presidente Jair Bolsonaro (PL), pois a ideia é que a matéria aumente a sua popularidade às vésperas das eleições. O relator justificou a manutenção do texto pela "pressão do cronograma de trabalho" e "a necessidade da população faminta".
Nesta segunda-feira (4), Forte chegou a dizer que tinha a intenção de retirar do texto o dispositivo que declara estado de emergência e incluir também motoristas de aplicativo como beneficiários, o que desagradou os governistas. A justificativa utilizada para o aumento dos benefícios em ano eleitoral é justamente a declaração do estado de emergência.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil