Após a Bahia registrar em 2021 um surto de malária no sul do estado, em 2022 não houve nenhum registro interno da doença. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), os dados mostram que em 2021 foram notificados 72 casos, sendo 54 registrados no município de Itabela e 7 em Porto Seguro. Casos importados também foram notificados, sendo 1 vindo da Venezuela e 2 da Angola.
Na pesquisa, até maio de 2022, 11 casos foram confirmados e importados de diferentes estados do Brasil: Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Roraima. Casos de fora do país também foram registrados, vindo da Guiana, Burundi e Benin. Nenhum óbito foi registrado.
A malária é uma doença infecciosa causada pelo mosquito do gênero Anopheles, com o parasita plasmodium. Os sintomas são calafrios, febre e dores, ocorrendo geralmente algumas semanas depois da picada. Para prevenir o caso da doença no estado, a Sesab recomenda que todo caso suspeito deve ser notificado às autoridades de saúde em até 24 horas. O diagnóstico pode ser feito através do atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) dos municípios, através do teste rápido ou gota espessa, conforme a Portaria Estadual nº 1.290 de 09 de novembro de 2017.
A doença pode ser tratada através de medicamentos antimaláricos fornecidos de forma gratuita em todo o território nacional, em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), concedidos pela Assistência Farmacêutica do Estado via Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (Sigaf). O paciente pode fazer o tratamento hospitalizado ou a nível ambulatorial, de acordo com o quadro clínico e avaliação médica.