O governador da Bahia, Rui Costa voltou a comentar o rompimento o vice-governador João Leão e a ida do líder do PP para um evento da prefeitura de Salvador ao lado do ex-prefeito ACM Neto, nessa terça-feira (29), enquanto o Estado também realizava um ato público.

Para Rui, o afastamento de Leão, do grupo que foi aliado por 14 anos, teve interferência do presidente Jair Bolsonaro.

"Acho que esse episódio do PP, acredito que teve interferência do presidente da República, já que o chefe da Casa Civil do presidente da República, é o presidente de fato do PP, assim como o presidente da Câmara. É o chamado centrão. Eles tiveram influência grande e se aproveitaram de uma frustração de Leão, de um desejo de sentar na cadeira de governador, para fazer o rompimento", pontuou.

O petista fez questão ainda de nacionalizar o debate e de alinhar a imagem do pré-candidato ao governo, ACM Neto, ao bolsonarismo. Neto apoiou o presidente na eleição de 2018 e mantém, até hoje, nomes do seu partido no comando de ministérios.

"O que teremos no Brasil é o embate de dois projetos: um que fez o povo passar fome e a gasolina a quase R$ 10, contra a esperança que o povo tem na figura do presidente Lula. O debate vai ser esse. O que eles fizeram foi deixar mais claro que do outro lado tá a turma do governo Bolsonaro. Quem ajuda a perseguir a Bahia são aqueles parlamentares e o partido do outro lado, ficou mais claro para o povo. Esse movimento do PP ajudou a esclarecer para população. De um lado teremos os bolsonaristas e os partidos que estão em torno de ACM Neto, que são todos bolsonaristas e controlam os cargos de Bolsonaro na Bahia e do outro, a turma de Lula. Esse vai ser o debate", cravou.