A prisão preventiva de Heliana Souza Gonçalves, Daniel Campos Carneiro Mehlem e Fábio Almeida, suspeitos de integrarem uma organização criminosa que frauda processos judiciais para beneficiar não herdeiros, foi mantida por mais 90 dias. A decisão foi publicada na última sexta-feira (14) pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa.

Denunciados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), os suspeitos foram presos na segunda fase da Operação Inventário. Em suas duas fases, a primeira deflagrada em setembro de 2020 e a segunda em setembro de 2021, a ação investigou fraudes em processos judiciais em trâmite no Poder Judiciário baiano, supostamente praticadas por organização criminosa formada por advogados, serventuários e particulares responsáveis por falsificação de documentos.

A operação apreendeu mais de 120 cartões em nome de terceiros e empresas, computadores, celulares e HDs e apurou indícios da prática de crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, fraude processual e uso de documento falso. Ela foi realizada em parceria com a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PM).