A crescente de novos casos da Covid-19 no continente europeu serviu de referência para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertasse o mundo dos riscos de novos surtos do vírus. O anúncio veio do diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da, Mike Ryan, que afirmou que a batalha da Europa é uma ‘chamada de alerta’ para o resto do mundo.

 

"É muito importante refletir sobre o exemplo da Europa, que representou mais da metade dos casos globais na semana passada, mas essa tendência pode mudar" disse Ryan. "Basta olhar para a curva epidemiológica da montanha-russa para saber que, quando se desce a montanha, geralmente se está prestes a subir outra", acrescentou.

 

Conforme divulgou a Agência Brasil, no início deste mês, o mundo ultrapassou 5 milhões de mortes desde o inicio da pandemia, marca que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chamou de "novo limiar doloroso".

 

De acordo com especialistas, o aumento registrado de novas infeções dentro do território europeu demonstra a tendência do surgimento de  uma nova onda de Covid-19. O que ganhará força com a chegada do inverno a propagar-se. Com a aproximação do inverno, estação propícia à disseminação do SARS-CoV-2, a vigilância dos novos casos está na agenda dos governos europeus. Vários países estão se preparando para retomar as medidas restritivas aplicadas antes do verão.

 

De acordo com o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, a Europa voltou a ser o epicentro da circulação do vírus. Para tentar driblar essa situação, o presidente Emmanuel Macron determinou que seja dada a dose de reforço da vacina aos franceses. 

 

Segundo a imprensa local, desde o mês passado,  o país assinala um aumento das infecções, com taxa de incidência de 62 casos por 100 mil habitantes, acima do limite de alerta. Lá, o parlamento aprovou definitivamente, na sexta-feira, a prorrogação do passe sanitário até 31 de julho. O prolongamento da validade do passe de saúde dependerá da campanha de vacinação de reforço.