Faltando 13 dias para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ao menos 31 funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) pediram demissão nesta segunda-feira (8), em uma debandada em protesto contra a atual gestão do órgão. As informações são da Folha de S. Paulo.

 

No pedido de dispensa, eles citam a "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep”.

 

O presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro, é acusado pelos servidores de promover um desmonte no órgão, com decisões sem critérios técnicos, e também de assédio moral, segundo denúncia da Assinep (Associação de Servidores do Inep). Ele foi levado ao cargo pelo atual ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, de quem é próximo.

 

Servidores dizem que, com essas baixas, a realização do Enem fica sob alto risco de falhas. Questionados, MEC e Inep não responderam.

 

O pedido coletivo de dispensa tem sido assinado eletronicamente pelos servidores desde o fim da manhã desta segunda. Até o início da tarde desta segunda, eram 13 os pedidos de exoneração (veja aqui). Mas às 16h30, outras 18 solicitações foram divulgadas.

 

Do total de 31 baixas registradas até as 16h30, ao menos 20 eram de coordenadores de área ou substitutos dos coordenadores. O principal departamento atingido é a Diretoria de Gestão e Planejamento, responsável, entre outras coisas, pela logística das provas.