O avião turboélice em que a cantora e compositora Maríla Mendonça estava quando foi vítima do acidente aéreo que causou sua morte, nesta sexta-feira (5), colidiu com uma rede de transmissão elétrica. A informação foi confirmada ao Bahia Notícias pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

 

De acordo com a empresa, a aeronave "que transportava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição da Companhia no município de Caratinga".

 

A Cemig não informou se o choque aconteceu antes do avião começar a cair ou se o acidente teria sido causado após ter atingido a rede. Mesmo provocada, a responsável pelo fornecimento de energia elétrica no estado não disse se houve algum desabastecimento com o rompimento dos fios de alta tensão. 

 

Segundo o G1, a Aeronáutica apura a hipótese de o piloto tenha perdido sustentação após colidir. Ainda de acordo com o site, os órgãos aéreos da região já haviam recebido relatos de outros pilotos antes do acidente, nos meses de setembro e agosto, de que os fios elétricos atrapalhariam o pouso no aeródromo de Caratinga. A Força Aérea Brasileira (FAB) irá apurar o caso.

 

Os documentos do bimotor em que Marília estava a bordo, o Beech Aircraft de prefixo PT-ONJ, estavam em ordem. Os registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que ele tinha capacidade para seis ocupantes e poderia realizar o serviço de táxi aéreo.

 

Ele ainda poderia executar as atividades de aviação privada e transporte aéreo público não regular. Fabricada em 1984, o avião foi adquirido pela empresa PEC Táxi Aéreo em julho de 2020. O certificado era válido até 1 de julho de 2022 e foi emitido em 6 de agosto deste ano.