Palavras ao vento. Assim foi o anúncio feito em maio deste ano por Paulo Carneiro sobre o seu pedido de afastamento da função de diretor-presidente do Vitória S/A, reativada no fim de 2019.O Bahia Notícias apurou que o cartola segue no contrato social da empresa (veja abaixo).

 

Paulo Carneiro anunciou o afastamento fake após sofrer pressão de conselheiros, que apontaram a existência de processos judiciais envolvendo a sociedade anônima e o dirigente, gerando conflito de interesses.

 

Vale lembrar que Paulo Carneiro aparece como acionado em processos em que o Vitória S/A busca ressarcimento financeiro. Em uma das ações, a juíza Fernanda Marinho da Silva Godinho aponta que o dirigente teria forjado um contrato com a empresa para cobrar uma indenização de mais de R$ 800 mil na Justiça (relembre aqui).

 

O Vitória S/A também pede explicações de Paulo Carneiro sobre três cheques sacados em dinheiro, no valor histórico total de R$ 1.796.850,00 entre os anos de 1998 e 2005, além de três confissões de dívida sem documentos comprobatórios de prestação de serviço no valor de R$ 445.310,04 e um pagamento de bônus a ele mesmo, como dirigente, de R$ 3.730.920,39, sem aprovação dos acionistas.

 

Já na presidência do Esporte Clube Vitória, Paulo Carneiro foi afastado temporariamente, acusado de gestão temerária. Uma comissão processante investiga vários indícios de irregularidades do cartola no comando da agremiação.

 

O Bahia Notícias tentou contato com Paulo Carneiro e também com Walter Andrade Mota Filho, presidente do Vitória S/A, mas as ligações não foram atendidas.