A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta quinta-feira (30), uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Prevent Senior na cidade.
O plano de saúde já é alvo de investigação da CPI da Covid no Senado. O autor do requerimento é o vereador Antonio Donato, do PT, que é ex-presidente da Câmara Municipal.
No Senado, a Prevent Senior entrou no radar da CPI após o recebimento do dossiê dos médicos da operadora, que relatou que hospitais da rede eram usados como "laboratórios" para estudos com medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19, como a hidroxicloroquina. Os familiares dos pacientes não seriam informados de que receberiam esses medicamentos.
Entre os motivos para realizar as apurações na esfera municipal, o vereador Donato cita o fato de que a sede administrativa da Prevent Senior fica na cidade de São Paulo e boa parte dos hospitais da operadora também.
"A Prevent Senior é uma empresa de seguros de saúde basicamente paulistana, as vítimas são paulistanas e paulistanos em sua maioria, a falsificação de dados de óbitos impacta as estatísticas de São Paulo, a vigilância sanitária tem responsabilidade na fiscalização. Então, a gente acredita que possa avançar até porque a CPI em Brasília se encerra e tinha um foco mais amplo", disse Donato.
A CPI foi aprovada de maneira relâmpago, resultado de uma costura que vinha sendo nos bastidores. Com cinco integrantes, a comissão terá vereadores também do bloco DEM-MDB, PSDB, PSOL e Podemos-PP.
Segundo Donato, há um sentimento comum na Casa de que o assunto deve ser investigado.
É a quarta CPI aprovada na Casa --as três em andamento são a dos animais, dos aplicativos de transporte e da violência contra trans e travestis.