Thiago Henrique confirmou seu favoritismo e sagrou-se, no último domingo (14), tetracampeão baiano na prova dos 100m rasos do atletismo. Porém, uma situação inusitada marcou sua prova e quase eliminou suas chances. Ao dar a partida, o bloco de largada em que estava o atleta se soltou do chão, ele caiu e teve de fazer uma corrida de recuperação.
"Em qualquer pista sintética de competição, os blocos fixam bem. O daqui, por ser pista natural, temos que colocar pregos grandes. Como é barro, pedra, a fixação dele não fica muito boa. O bloco dele escorregou. E numa prova de velocidade, isso é complicado", afirmou o presidente da Federação Bahiana de Altetismo (FBA), Og Robson. O Campeonato Baiano de Atletismo foi disputado na pista do Colégio Militar da Pituba (saiba mais detalhes aqui). Veja o momento da queda e as condições da pista:
Thiago Henrique tropeça durante largada após bloco de partida se soltar (Foto: Gabriela Vita / Divulgação)
O problema é mais um exemplo da dificuldade que atletas têm para exercer seus potenciais no estado. Sem pista de atletismo adequada para treinar e realizar competições na Bahia, o Colégio Militar vem sendo utilizado pela FBA por enquanto. Porém, também por conta da pandemia, mesmo o Baianão teve de ser configurado em tempo reduzido - três horas. Normalmente, ele tem seis etapas.
Thiago Henrique deve voltar às pistas no final de setembro, para disputar o Norte-Nordeste de atletismo, em São Luís, no Maranhão. "Esse ano eu acho que entro como um franco atirador. O ranking tá bem disputado. O Maranhão tem atletas muito fortes. Alguns atletas de outros estados estão em uma temporada melhor que a minha, mas quando chega na competição quem tiver melhor vence", afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Além disso, ele pretende participar dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que ocorrem entre os dias 10 e 18 de outubro, em Brasília (veja aqui). Com auxílio do Bolsa Atleta, incentivo dado pelo governo federal desde que o atleta foi medalha de ouro no sul-americano de atletismo, em 2019, com a equipe brasileira no revezamento 4x100 metros rasos do sub-20, Thiago tem conseguido bancar as passagens para as competições.
"Mas quando não recebo bolsa, minha mãe sempre me ajuda", conta.