A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta quarta-feira (28), da farmacêutica Pfizer, a solicitação de uso emergencial do medicamento Xeljanz (citrato de tofacitinibe) para tratamento da Covid-19. O medicamento já é usado no tratamento de artrite reumatóide, artrite psoriática e colite ulcerosa. Segundo a Anvisa, o prazo de análise é de 30 dias.

 

Nas primeiras 24 horas, a equipe da Anvisa fará uma triagem do processo para verificar se os documentos necessários para avaliação estão disponíveis. Se verificarem a ausência de informações importantes, a agência reguladora poderá solicitar as informações adicionais ao laboratório.

 

“A análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar que envolve especialistas das áreas de Registro, Monitoramento e Inspeção de medicamentos. A equipe vem atuando de forma integrada em todos os processos de avaliação de medicamentos e vacinas para combate à Covid-19”, informou a agência, em nota.

 

O órgão também informou que foram autorizados dois estudos clínicos para realização no Brasil com a Proxalutamida (GT-0918) para tratamento da Covid-19. Os estudos, patrocinados pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China, avaliam a eficácia do medicamento em pacientes do sexo masculino com o vírus.

 

Um estudo do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa, ligado do Hospital Israelita Albert Einstein, identificou que o medicamento tofacitinibe pode reduzir em 37% a chance de morte ou piora dos quadros de insuficiência respiratória provocados pela infecção pulmonar causada pela Covid-19. Os resultados foram publicados na revista médica The New England Journal of Medicine, uma das mais importantes internacionalmente (leia mais aqui).

 

A médica baiana Patrícia Guimarães está entre os médicos que conduziram o estudo (veja mais aqui). Na visão da médica e pesquisadora baiana, a pandemia colocou a pesquisa clínica em foco, assim como os esforços de cientistas que têm feito análises para mostrar novos tratamentos e vacinas. A especialista vê como positivo também o fato de a população leiga ter se interessado e aprendido um pouco mais sobre o funcionamento dos estudos.

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