Após a direção da Petrobras anunciar nessa segunda-feira (8), o processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) (relembre aqui), os petroleiros anunciaram que devem entrar em greve. A compra foi feita pela Mubadala Capital, que apresentou a melhor oferta e vai levar a primeira refinaria do Sistema Petrobras e segunda do país em capacidade de processamento pelo valor de US$ 1,65 bilhão.

 

De acordo com a categoria, o anuncio foi recebido “com um misto de revolta e tristeza”. Em assembleia, eles já haviam decidido pela realização de uma greve, caso houvesse progresso nas negociações para a venda da Rlam. De acordo com a direção do Sindipetro Bahia, o movimento paredista está sendo organizado e pode acontecer a qualquer momento.

 

Junto com a Rlam estão sendo entregues 669 quilômetros de oleodutos, que ligam a refinaria ao Complexo Petroquímico de Camaçari e ao Terminal de Madre de Deus, que também está sendo vendido no pacote que inclui ainda outros três terminais da Bahia (Candeias, Jequié e Itabuna).

 

A assinatura do contrato de compra e venda ainda está sujeita à aprovação dos órgãos competentes, mas “as consequências da venda da Rlam já podem ser antecipadas e não serão boas para os consumidores e para o país”, afirma o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista. “A venda vai impactar a economia baiana e dos municípios localizados no entorno da Rlam, além de diminuir os níveis de investimento, emprego e direitos dos trabalhadores”, acrescenta. 

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