O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, ameaçou deixar o cargo se o governo federal interferir na política de reajuste de preços da empresa. Ele deu o recado em uma reunião do conselho de administração da estatal, ocorrida há duas semanas.

 

O conteúdo, publicado pelo Blog de Lauro Jardim, no jornal O Globo, neste domingo (7), indica que Branco usou 10 minutos de sua fala para garantir aos conselheiros que a Petrobras está imune a interferências, caso contrário ele sairá. A estimativa é de que a política de segurar os preços do combustível no governo Dilma Rousseff tenha resultado em perdas de R$ 71 bilhões à empresa.

 

A fala do atual presidente da Petrobras vem à tona agora porque, de acordo com a publicação, na manhã de sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comandou uma reunião para tentar diminuir o preço do diesel. Na ocasião, que tinha o objetivo de acalmar os caminhoneiros que ameaçavam greve, Bolsonaro disse até que não aceitava a explicação de que o combustível é barato no Brasil e que cobraria uma justificativa de Branco. 

 

Além disso, uma reportagem revelou que a empresa alargou de três meses para um ano o prazo de apuração da política de preços. Esses dois fatos geraram preocupação aos conselheiros que vão pedir explicações à diretoria na próxima reunião.

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